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sábado, 22 de janeiro de 2011

O sucateamento de Yeda em números

Não sou economista, mas resolvi fazer uma comparação entre o Orçamento da Fundação Piratini de dez anos atrás e o do último ano do governo Yeda – 2001/2010. O resultado é estarrecedor e esclarece o que os funcionários da TVE e da FM Cultura vinham denunciando nos últimos anos: o sucateamento.
2001 – R$ 17.348.525,90 (Dotação Inicial + Suplementação).
2001 – R$ 16.965.239,13 (Valor empenhado).

2010 – R$ 17.616.975,00 (Dotação inicial)
2010 – R$ 13.937.531,26 (Valor executado, isto é, o que realmente foi utilizado)

A inflação no período 01/01/2001 a 31/12/2010 foi de 89,84% (IPC-A)

Se atualizarmos o Orçamento de 2001 pela inflação do período 2001/2010, teremos:

R$ 17.348.525,90 + 89,84% = R$ 32.934.441,56 (Dotação inicial + Suplementação)
ou
R$ 16.965.239,13 + 89,84% = R$ 32.206.809,96 (considerando o valor empenhado)

Ou seja, é como se, em 2010, estivéssemos com menos da metade do orçamento de dez anos atrás (considerando o valor que realmente foi gasto).

Obs. Não encontrei o valor executado para 2001. A fonte dos dados de 2001 é o livro “No ar – um projeto em construção”, editado em 2002 pela gestão 1999/2002 da Fundação Piratini.

Os dados de 2010 são da Secretaria do Planejamento do RS (www.scp.rs.gov.br) e do portal Transparência (www.transparencia.rs.gov.br), do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. O portal Transparência só tem dados a partir de 2008.

O Orçamento para 2011 é de R$ 17.126.204,00. Certamente precisará de suplementação.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Clima de otimismo marca a posse de Pedro Osório

CACO ARGEMI/PALÁCIO PIRATINI/JC












Osório quer contratação emergencial e concurso público para a TVE

Jornal do Comércio - 14/01/2011
Paula Coutinho

A posse do novo presidente da Fundação Cultural Piratini (TVE e FM Cultura), jornalista Pedro Luiz Osório (PT), ocorreu nesta quinta-feira à tarde em um ambiente de grande otimismo entre os servidores. A solenidade, amplamente prestigiada por autoridades e profissionais da comunicação, lotou o estúdio principal da TVE, no Morro Santa Tereza, em Porto Alegre.

O governador Tarso Genro (PT) destacou a trajetória de Pedro Osório e afirmou que o jornalista "está preparado para conduzir a reformulação da Fundação Cultural Piratini". Os funcionários se queixam de a gestão anterior ter sucateado e abandonado as emissoras, mas veem com entusiasmo a posse de Osório, que até então ocupava a presidência do Conselho Deliberativo da Fundação, acumulando conhecimento sobre os problemas e as necessidades da estatal.

O novo presidente disse que dedicará sua gestão à memória do jornalista Daniel Herz. Osório chega com o desafio de reformular a grade de programação e contornar o déficit de pessoal, gerado a partir de uma decisão da Justiça do trabalho que determinou a exoneração de 20 cargos em comissão (CCs) em dezembro.

Emergencialmente será firmada uma parceria com a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) para a transmissão de conteúdo. "Isso deve se definir na semana que vem. Esperamos que a EBC possa nos oferecer um valor que seja adequado às limitações que temos no momento. Também vamos precisar reivindicar uma contratação provisória até que se faça o concurso público", afirma Osório.

O novo presidente da Fundação Cultural Piratini projeta que em três meses já será possível contar com um cenário mais positivo em relação à produção local. "Começaremos a pensar novos programas. Assim que equilibrarmos a situação administrativo-financeira, vamos trabalhar com o conteúdo local e regional", avalia.

O jornalista ainda não estudou qual percentual da grade será reservado ao conteúdo local, mas adianta que a ideia é valorizar a pluralidade. "Deve ser uma programação que não se feche na região, nem no Brasil, mas que permita ao País se reconhecer e nos aproxime de outros povos do mundo que não estão na mídia tradicional. Conhecemos menos o Uruguai do que os Estados Unidos ou Europa", constata.

Além dos espaços para o telejornalismo, a nova direção vai investir em outras alternativas de produção. "Precisamos produzir narrativas que não sejam necessariamente a jornalística, como as ficcionais ou documentais, mas que também retratem a realidade e a vida a nossa volta."

Também está no horizonte da futura gestão constituir parcerias e apoios culturais, além de um possível pedido de suplementação orçamentária, para viabilizar as produções da TVE e da FM Cultura. "Vamos buscá-los, assim que a diretoria estiver estruturada e forem definidos os critérios junto com o Conselho Deliberativo, que passa a ter atuação que não vinha tendo nos últimos anos". A proposta é que toda a grade seja submetida ao conselho, que tem inclusive poder de veto a programas.

Essa posição traz outra perspectiva na relação, antes conflituosa, entre o conselho e o comando da estatal. Uma prova de que isto já começa a valer na prática é a indicação do jornalista Alexandre Leboutte, representante dos funcionários, para a vice-presidência do Conselho Deliberativo. "A situação está distensionada. Fui avalizado pelo conselho integralmente e a fundação vai fazer o que já devia ter feito: oferecer ao conselho funcionamento com toda a infraestrutura necessária", assegura o presidente.

O respeito aos servidores é referido com entusiasmo por Leboutte. "Se estabeleceu uma boa relação com os funcionários. O ambiente é de otimismo. Há muitas carências, mas se percebe que esta gestão tem intenção de fortalecer as duas emissoras", afirma. Leboutte destaca que, do ponto de vista técnico, é prioritário iniciar o projeto de digitalização da TVE e começar a se discutir o processo na FM Cultura.

A secretária de Comunicação e Inclusão Digital, jornalista Vera Spolidoro, lembrou que o rumo da Fundação Piratini integrou os debates desde o começo do processo eleitoral. "Havia uma preocupação constante com o seu futuro. É com este espírito que o governador e eu estaremos atentos a tudo que acontece aqui na Fundação."

Também marcaram presença o secretário estadual da Cultura, escritor Luiz Antonio de Assis Brasil, a prefeita de Porto Alegre em exercício, Sofia Cavedon, o presidente da Associação Riograndense de Imprensa, Ercy Pereira Torma, e o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas e da Federação dos Jornalistas da América Latina e do Caribe, Celso Schröder.

http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=52020&fonte=capa

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

TVE/RS e FM Cultura - Conselho Deliberativo da Fundação Piratini aprova, por unanimidade, o nome de Pedro Luiz Osório para presidência das emissoras

O jornalista e professor universitário Pedro Luiz Osório, indicado pelo governador Tarso Genro para a presidência da Fundação Piratini, gestora da TVE/RS e da FM Cultura, teve seu nome aprovado por aclamação.

A reunião extraordinária do Conselho Deliberativo foi realizada esta noite (05/01/11) nas dependências da Fundação Piratini. Também foi aprovado o nome do jornalista e diretor cinematográfico Guilherme Castro para a Diretoria de Programação.

O representante do Fórum dos Reitores, professor Alencar Mello Proença, assumiu a presidência do colegiado. O representante dos funcionários, Alexandre Leboutte, assumiu a vice-presidência do Conselho.

Tarso Genro cumpriu a primeira promessa feita aos funcionários de só nomear e dar posse ao presidente da Fundação Piratini após submetê-lo à avaliação do Conselho Deliberativo.

Outras diretorias

Para assumir interinamente as outras diretorias, Pedro Osório escolheu funcionários do quadro da fundação. A jornalista Marta Kroth assume a Diretoria Geral, o engenheiro Rubem Kehl fica na Diretoria Técnica, a jornalista Márcia Escobar foi escolhida para chefiar o Departamento de Jornalismo e o jornalista e escritor Luis Dill passa a dirigir a rádio FM Cultura.