Audiência com o governo do Estado pedirá que emissora não saia do local
JORNAL DO COMÉRCIO
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=14980
Daniel Cassol, especial do JC
A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) já apresentou proposta de compra do prédio ocupado pela TVE e a negociação com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), proprietário do imóvel, deve ser fechada nos próximos 60 dias. A informação foi divulgada ontem pelo chefe do serviço de administração do INSS em Porto Alegre, Luis Cândido da Silva, em reunião na Câmara Municipal.
A tentativa de permutar prédios do Estado com o INSS não evoluiu porque o governo apresentou uma lista em que constavam apenas o registro e o município do imóvel. A venda do prédio segue orientação nacional para que o instituto descarte imóveis não aproveitados.
Segundo Silva, uma proposta formal da EBC foi encaminhada à gerência executiva do INSS na Capital no final da semana passada. Apenas a EBC respondeu ao edital voltado a entidades da administração pública, lançado pelo INSS depois que o governo do Estado comunicou que não vai desembolsar os R$ 4,7 milhões para ficar definitivamente com o imóvel, que aluga desde 1980. A única possibilidade de o negócio não ser fechado é a EBC desistir da compra.
Com a informação, os participantes do encontro na Câmara decidiram que o desafio agora é intermediar negociações com o Estado e a EBC, provável proprietária do prédio, para que a TVE e a FM Cultura permaneçam no local. "Vamos tentar mudar a decisão do governo de transferir a TVE de local. Vamos articular conversações entre a EBC e o governo do Estado", afirmou o representante dos funcionários da Fundação Estadual Piratini, Alexandre Leboutte.
O presidente do Sindicato dos Jornalistas, José Maria Nunes, defende que a TVE permaneça no prédio, sem custos ao Estado, e que a EBC mantenha um núcleo de produção no local, realizando troca de programação. "Mas para isso o governo precisa dialogar", diz Nunes. Ele tenta desde o início da semana passada uma audiência com a secretária da Cultura, Mônica Leal.
Na reunião, o presidente da Câmara, Sebastião Melo (PMDB), e o deputado estadual Adão Villaverde (PT) se comprometeram a pedir audiência com o chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, para discutir a questão. Eles também pretendem marcar reunião com os diretores da EBC em Brasília.
Presente no encontro, o secretário da Administração, Elói Guimarães, voltou a afirmar que foi uma decisão de governo não comprar o prédio. Diante de críticas sobre o sucateamento da emissora, ele negou que a escolha possa representar um risco de "extinção" da TVE, como menciona uma campanha feita por funcionários.
"A transferência para outro local não significa extinção", ponderou. Ele afirma que o governo do Estado trabalha com várias alternativas para a nova localização da emissora, que serão divulgadas "oportunamente". Sobre uma possível parceria com a EBC, o secretário não se manifestou, por entender que a questão não compete à sua pasta.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário